Teatro


 Componentes:
   Eduardo Sandes Nº07
- Teatro na Oceania
   Ingridy Lopes Nº11
- Teatro no Continente Americano.
   Kelly Regina Nº18
- Teatro na África.
   Lorrana Pereira Nº21
- Teatro na Europa.
   Rodrigo Nº32
- Teatro na Ásia.
                    

      A evolução teatral 

   A partir do século XVIII, acontecimentos como as Revoluções Francesa e Industrial, mudaram a estrutura de muitas peças, popularizando-as através de formas como o melodrama. Nessa época, em todo o mundo, surgiram inovações estruturais, como o elevador hidráulico, a iluminação a gás e elétrica (1881). Os cenários e os figurinos começaram a ser melhor elaborados, visando transmitir maior realismo, e as sessões teatrais passaram a comportar somente uma peça. Diante de tal evolução e complexidade estrutural, foi inevitável o surgimento da figura do diretor.
   
                        Século XX
   O teatro do século XX se caracterizou pelo ecletismo e quebra de tradições, tanto no "design" cênico e na direção teatral, quanto na infra-estrutura e nos estilos de interpretação. Podemos dizer, sob esse prisma, que o dramaturgo alemão Bertolt Brecht foi o maior inovador do chamado teatro moderno. Hoje, o teatro contemporâneo abriga, sem preconceitos, tanto as tradições realistas como as não-realistas.
Bertold Brecht



Ingridy 
Nº 11
3ºk
   
                        As artes na virada do século XIX/XX



Interesse do Ocidente pela cultura oriental e africana.

  - Pablo Picasso (1881-1973) – Demoiselle D’Avignon (1907);



Bertold Brecht (1898 – 1956) – influência oriental: Bunraku (teatro de bonecos) japonês, entre outras influências.














Contexto histórico:

         Descobertas na área da medicina;
          Luz elétrica.

Relação destes acontecimentos com as artes cênicas:
Konstantin Stanislavski e o Teatro Naturalista
EFEITO DE IDENTIFICAÇÃO OU APROXIMAÇÃO


Bertold Brecht e o Teatro Épico/Político
O EFEITO DE DISTANCIAMENTO OU AFASTAMENTO


Lorrana Pereira  nº 21



Teatro no Continente Americano
Século XX e XXI.

            TEATRO E POLÍTICA
   Estou plenamente convencido de que, além dos atores, é preciso educar o público para dar-lhe condições de assistir a espetáculos corajosos, capazes de despertar o interesse e de promover o debate, a vontade de discussão e de realizar.
                            
                         Fonte: Dario Fo, Manual Mínimo do ator.
  • O relato acima se refere, principalmente, ao teatro experimental e ao teatro comercial.
  • As experimentações cênicas, como novas formas de dramaturgias e utilização de novos espaços cênicos está inserido no que é chamado, comumente, de teatro experimental.
  • As experimentações de linguagem teatral demonstram as múltiplas possibilidades do teatro contemporâneo.
         
Teatro Épico.

           - Distanciamento/estranhamento:
    
  É no início do século XX que o teatro começa a seguir rumo a interação público/ator, nas propostas de teatrólogos que começaram a produzir um teatro político, tendo como maior representação desta estética Erwin Piscator, com seu manifesto aos trabalhadores em 1919, na Revolução Russa. Piscator produziu uma espécie de “teatro proletário”, como instrumento de luta de classes. O Autor e teatrólogo Bertolt Brecht percebeu que para revolucionar o teatro político precisaria de um novo olhar do diretor, pois pretendia um teatro que transmitisse conhecimento e não vivências, como o teatro naturalista vinha fazendo. Tendo como princípio o teatro épico, Brecht criou a estética do teatro didático. Em suas peças eram introduzidos comentários como nota de rodapé, feitos por um narrador, mostravam-se cartazes e placas, usavam-se máscaras, interrupções do texto com música-tema e, ainda, projeção de imagens. A proposta era causar o “distanciamento” ou “estranhamento” no público, para que ele refletisse e não se envolvesse psicologicamente com o personagem, aprendendo a pensar sobre a ação. Aqui o teatro chega no limite entre o discurso e a interatividade. Quebra-se a “quarta parede” utilizada no teatro naturalista.

  •      A frase " pretendia um teatro que transmitisse conhecimento e não vivências, como o teatro naturalista vinha fazendo" se refere, principalmente, ao Efeito de Distanciamento utilizado intensivamente no teatro de Bertold Brecht.
  • No teatro épico de Brecht a concepção marxista do homem, é de um ser que deve ser entendido observando-se o conjunto das relações sociais das quais participa.
        
          - Teatro épico no Brasil:
  
  A Ópera do Malandro é uma denúncia dos problemas sociais da sociedade daquela época que ainda são pertinentes a sociedade brasileira. E tal sociedade, não é apenas a do Rio de Janeiro, locação do filme e cidade, que é alvo de duras críticas construídas por pessoas que fingem acreditar que, só no Rio existem taus problemas. O filme se passa nos anos 40, Max Orveseas é um malandro elegante e popular, figura do boêmio bairro da Lapa, explora a Margot e vive de pequenos trambiques. Até que surge a Ludmila, a filha do dono do cabaré.

  • A Ópera do Malandro, um musical, tem influências do teatro épico de Bertold Brecht, que é considerado um teatro político e de tendências marxistas.

  • Entre as influências do teatro épico no Brasil estão o Teatro oficina, o Teatro de Arena e o Teatro Opinião.

                                                                                 Teatro de Arena.



           TEATRO E TECNOLOGIA

  Teatro Realista/Naturalista

  • Ao contrário do teatro épico, o teatro realista/naturalista não tinha como principal objetivo conscientizar sua platéia, mas sim  introjetar-lhe uma ilusão criada com todas as possibilidades de mecanismos cênicos.
  Stanislávski mobilizou todos os meios concebíveis de ilusão de ótica e acústica, de forma a criar a "atmosfera" correta para seus atores e para o público. Coadjuvavam e integravam também este jogo de efeitos e de gritos, de sinos de trenó tilintando ruidosamente próximos, ou tenuemente à distância.
                       
                 Fonte: Berthold, Margot - História Mundial do Teatro - Perspectiva, São Paulo, 2006, pg.463(com adaptações).

  • As tecnologias utilizadas por Stanislavski e outros diretores do teatro realista/naturalista tinham por objetivo alcançar um alto nível de verossimilhança, ou seja, de verdade.
  • O ensaio, mecanismo de preparação de uma peça, era realizado muitas vezes no teatro realista/naturalista. Hoje em dia costume, antes incomum, é utilizado com intensidade por quaisquer grupos de teatro.A utilização da luz elétrica foi fundamental para a criação de uma série de efeitos no teatro realista e em outras manifestações teatrais do século XX.



  •    naturalismo  no teatro mantém a preocupação com os problemas sociais. Influenciados pelo positivismo e pela Teoria de Evolução das Espécies, os naturalistas apresentam a realidade com rigor quase científico. Objetividade, imparcialidade, materialismo e determinismo são as bases de sua visão de mundo. Características do naturalismo existem na França desde 1840, mas é em 1880 que o escritor Émile Zola (1840-1902) reúne os princípios da tendência em seu livro de ensaios O Romance Experimenta.
           
      -Naturalismo no Brasil:

 No país, a tendência manifesta-se nas artes plásticas e na literatura. Não há produção de textos para teatro, que se limita a encenar peças francesas.

  A concepção realista de que o homem é fruto do meio começou a ser explorada no teatro francês e logo ganhou o mundo. Foi nos Estados Unidos, porém, que o Realismo viveu seus momentos áureos, com dramaturgos geniais, como Tennessee Williams e Arthur Miller, que condicionavam a cultura americana e o cotidiano de sua gente ao Realismo crítico. No Brasil, o maior defensor do realismo foi Machado de Assis, que, aos vinte anos de idade, escrevendo num jornal de grande circulação do Rio de Janeiro lançou “Idéias Sobre Teatro”, onde criticava abertamente o Romantismo e referia-se ao Realismo com grande admiração, defendendo um encontro maior da massa com o teatro, argumentando que o teatro não deveria ser somente um objeto de entretenimento e sim um local para ampla discussão a respeito das questões sociais do país: “O teatro é para o povo o que o Coro era para o antigo teatro grego, uma iniciativa de moral e civilização”, elucidou o escritor. 
           
     - O Realismo no Brasil
- Vestido de noiva
  
   A revelação de Nelson Rodrigues deu-se em 1943, quando escandalizou o público carioca com o drama Vestido de noiva (com a direção de Ziembinski). Era a primeira vez que se passava das normais histórias ambientadas na sala de visita para a realidade do subconsciente e da memória. Nelson Rodrigues consegue criar um texto desagradável, portador de uma briga com a irmã por causa de problemas conjugais. Sai de casa e é atropelada por um automóvel que continua em corrida. A ação desenrola-se nos últimos anos de vida da mulher, em três planos: o da realidade (a operação por que está passando), o da memória (o passado da protagonista) e o do inconsciente (os sonhos e as alucinações). Assim, durante os três atos da peça desenrolam-se paralelamente duas histórias, as de Alaíde, de seu marido e da irmã, e a história de amor romanesca de Madame Clessi por um belíssimo adolescente, que a protagonista lera por acaso no jornal. Na memória e na alucinação da moribunda os dois fatos se fundem e o jovem amado por Clessi aparece com os traços do marido. O final, com a sobreposição da marcha fúnebre com a marcha nupcial, faz prever um casamento entre o viúvo de Alaíde e a irmã.

Fonte: Mario Cacciaglia, pequena história do teatro no Brasil (com adaptações).

  • O trabalho da peça em três planos distintos exigiu um intenso e diferenciado trabalho de iluminação.
  • A encenação de Vestido de Noiva abriu portas para uma série de inovações teatrais e para uma série de outros encenadores e grupos de teatro surgirem.
Camila Amado e Norma Bengell em Vestido de Noiva (1976):obra-prima de Nelson Rodrigues
            
           TEATRO E ECONOMIA

  De fato, desde a Grécia clássica, diversos estudiosos têm se debruçado sobre  as ligações que existem entre teatro e poder. No século XIX, mais acentuadamente na Europa, mas também no Brasil, toda a reflexão acerca do teatro romântico pressupõe a negação de um modelo neoclássico imposto pela nobreza. A burguesia faz-se então representar nos principais palcos  das grandes cidades. Em seguida, a desilusão com a urbanização e a  descrença nas promessas de uma vida melhor proporcionada pela industrialização fazem o teatro realista-naturalista entrar no século XX cada vez mais próximo das questões sócio-políticas.

  • Os gregos foram os responsáveis pela criação de uma série de mecanismo e efeitos cênicos que utilizamos ainda hoje em nossos teatros. A criação desses mecanismos  e feitos tornaram-se possíveis graças aos homens ricos que bancavam as produções de teatro.
Teatro do Absurdo

   O Teatro do Absurdo nasceu do Surrealismo, sob forte influência do drama existencial. O Surrealismo, que explora os sentimentos humanos, tecendo críticas à sociedade e difundindo uma idéia subjetiva a respeito do obscuro e daquilo que não se vê e não se sente, foi fundamental para o nascimento desse gênero que buscava, na segunda metade do século XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia, apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise. A principal fonte de inspiração dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teóricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da sociedade. Como o próprio nome diz, o Teatro do Absurdo propõe revelar o inusitado, mostrando as mazelas humanas e tudo que é considerado normal pela sociedade hipócrita. Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicótico, um sofredor, um ser que chega às últimas conseqüências, culminando sempre na revolução, no atrito, na crise e na desgraça total. Extremamente existencialista, o Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida àquilo que julga ser o mais fácil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida medíocre.

  • O Teatro do absurdo surge, para questionar o homem dentro da sociedade. É possível perceber que, tanto o Teatro Absurdo quanto o Teatro Épico, questionam e procuram entender o homem dentro da sociedade.

TEATRO DO OPRIMIDO – Brasil/mundo

   Criado na década de 70 por Augusto Boal (1931 – 2 de maio de 2009), após ser exilado (ditadura militar) e ser chamado por países latino-americanos para ajudar no processo de alfabetização da população carente.

   Augusto Boal, na abertura do seu livro Teatro do oprimido, lembra que " a discussão sobre as relações entre o teatro e a política é tão velha como o teatro... ou como a política". Se por um lado é certo que não se tem conhecimento histórico de nenhum governo que tenha sido instituído. ou derrubado, por influência exclusiva do teatro, por outro, a constante preocupação dos governantes  em exercer  algum tipo de controle sobre a atividade teatral parece atestar a importância dessa arte para a manutenção do poder.

   Teatro do Oprimido  é um método teatral que reúne Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Os seus principais objetivos são a democratização dos meios de produção teatrais, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através do diálogo e do teatro. Ao mesmo tempo, traz toda uma nova técnica para a preparação do ator que tem grande repercussão mundial.
  • O teatro idealizado por Augusto Boal, o Teatro do Oprimido, busca formas de produção teatral mais próximas da realidade relativizando, assim, o conceito de um teatro profissional e não-profissional.
  • Augusto Boal, juntamente com outros artistas de teatro brasileiro foram influenciados pelo teatro político, tendo como figura importante o diretor teatral Bertold Brecht e criaram diferentes formas de fazer teatro.

           Dramaturgia

  Dramaturgia designa então o conjunto das escolhas  estéticas e ideológicas que a equipe de realização, desde o encenador até o ator, foi levada a fazer. Este trabalho abrange a elaboração e a representação da fábula, a escolha do espaço cênico, a montagem, a interpretação do ator, a representação ilusionista ou distanciada do espetáculo. Em resumo, a dramaturgia se pergunta em peça textual e cênico de acordo com qual temporalidade.
A dramaturgia, no seu sentido clássico, é mais um estudo do texto dramático para englobar texto e realização cênica.
 Fonte: Patrice Pavis, Dicionário de Teatro, p.113/114.

  • Qualquer texto, dramático ou não, pode ser produzido bastando definir quais serão as formas  de expressão que ele terá.

  Compreender continua sendo sempre, no imaginário coletivo, compreender a história e resumir a narrativa, o que Aristóteles e a dramaturgia clássica chamam de enredo, como se o  sentido se apoiasse essencialmente na história narrada.
                          Fonte: Jean-pierre Ryngaert, Ler o teatro contemporâneo, p.7.

  • Quando o texto sugere que uma peça ainda se apóia no "enredo" está sugerindo que existe outras formas de apoiar uma peça como por exemplo, a iluminação, o figurino e outros elementos da encenação.



Encontrei alguns Vídeos bastante interessantes que retratam um pouco da história do Teatro no Brasil. São eles:
 CLIQUE NOS LINKS ABAIXO PARA VISUALIZAR OS VÍDEOS.


UM POUCO DA HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO.
DIFICULDADES DE MANTER ESPETÁCULOS EM CARTAZ.
ÉPOCA DE OURO DO TEATRO BRASILEIRO.
O TEATRO NOS ANOS DE CHUMBO.
O TEATRO APÓS A DITADURA MILITAR.


Fontes:
http://www.goethe.de/ins/br/lp/kul/dub/tut/ptindex.htm
http://www.tguaira.pr.gov.br/tguaira/modules/conteudo_historia/conteudo_historia.php?conteudo_historia=33
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/teatro/
http://www.infoescola.com/artes/teatro-interativo/
http://www.ccba.com.br/dados/anexos/luis_reis.doc


Ingridy Lopes Nº 11.





                             Teatro Europeu – séculos XIX, XX e XXI

As recorrentes inovações tecnológicas e científicas ocorridas durante a segunda metade século XIX também influenciaram o teatro, que passou a utilizar desses recursos como forma de facilitar as apresentações.

Constantim Stanislavisky

Nessa mesma época surge o melodrama no teatro, ideia advinda do diretor e ator russo Constantim Stanislavisky, que influenciou fortemente o teatro europeu. Esta nova representação teatral rompia com a idealização do teatro romântico e tinha como objetivo levar a emoção do personagem ao público, por este fato havia uma preferência por personagens que representassem pessoas normais com problemas que levam à plateia  histórias contemporâneas. Estes conceitos ficaram conhecidos como teatro realista, que por sinal, a utilização da luz elétrica foi fundamental para a criação de uma série de efeitos deste, e de outras manifestações teatrais do século seguinte, tal qual justifica a importância das descobertas e invenções científicas deste período para o teatro, não só europeu. O Savoy Theatre de Londres foi o primeiro a utilizar iluminação elétrica, em 1881.
Durante este período o teatro europeu se desvincula da imagem do herói romântico e da linguagem rebuscada do Romantismo, tenta desta forma mostrar uma “atuação verossímil”, onde o ator procura interpretar de maneira que pareça o mais real possível para que os espectadores possam perceber a cena de forma clara e consciente, pois um dos princípios do teatro realista era que o público acabasse se identificando com os personagens e as tramas ocorridas na história.

Alexandre Dumas Filho

Na Europa, um dos primeiros países a reproduzir este teatro foi a França, onde surgiram grandes nomes do teatro mundial. Alexandre Dumas Filho foi o primeiro autor realista francês, com a encenação de Damas das Camélias ele levou ao público a demonstração de um mundo real, sem ilusões e fantasias exacerbadas, dentro de um espaço teatral. O conceito realista de que “o homem é fruto do meio em que vive” inicia-se no teatro francês e então se alastra ao redor do mundo.
Stanislavisky cria a ideia da quarta parede, ou seja, o ator deve projetar em sua mente a concepção de que há uma “parede” em sua frente para que assim não dialogue o público, ele apenas deve transmitir seus sentimentos e passar de forma com que a plateia receba a mensagem, mas não interaja com ele.
Émile Zola também tem importante influência no teatro europeu, ele sugere a análise da realidade nos textos artísticos, e então surgem vários teatrólogos adeptos a seus conceitos. É nesse momento que os escritores começam a levantar várias proposições teatrais que visavam criticar e examinar aspectos típicos da sociedade, demonstrando assim de forma dramática não uma simples peça teatral, e sim uma obra psicológica que objetivava o conhecimento científico da realidade.
No século XX, acontecimentos importantes mudaram o cenário mundial e também o pensamento de muitos artistas, como as 1ª e 2ª guerras mundiais, assim surge Bertold Brecht com seus ideais que transformam a história do teatro, principalmente europeu.
Bertol Brecht
Brecht, que se manifestou contra o teatro realista, consolida o teatro épico que era uma contraposição em relação a aquele, pois este deseja instruir e transformar a sociedade, dessa forma o teatro deveria ser obrigatoriamente político, por isso o teatro épico é também chamado de teatro político.  
O teatro político de Brecht tinha como objetivo conscientizar seu público acerca de fatos econômicos, políticos e históricos que aconteciam na Europa.
Brecht deseja então, que o espectador estetivesse intelectualmente ativo, para que assim consiga ser crítico em relação ao que lhe é mostrado. Desta forma há um diálogo entre o ator e o público e, portanto ocorre a quebra da quarta parede criada por Stanislavisky no teatro realista. Outro importante teatrólogo que participa da consolidação deste movimento é Erwin Piscator, ele, como Brecht, privilegia o contexto sócio-político do drama e produz então, uma espécie de “teatro proletário”, onde leva suas peças teatrais a bairros da periferia como propaganda política.
Nessa época também surgem outros movimentos teatrais, alguns influenciados pelas vanguardas europeias vigentes, como o teatro expressionista que tinha como característica marcante ser extremo e exagerado, recusava a fala coloquial e o uso de ambientes familiares.
É no teatro contemporâneo que a figura do diretor começa a ser vista mais fortemente, como aquele que organiza todos os componentes do teatro.
Hoje em dia, muitas das peças teatrais usufruem dos conceitos deixados por Brecht, e quase não se usa mais a “quarta parede”, porém dependendo do estilo teatral ainda utilizam-na.
Todavia, percebemos que o teatro apresentado atualmente é construído nas bases do teatro dos últimos séculos.



Abaixo está um vídeo do um trecho da peça Hauspostille (1927) de Bertold Brecht, onde os atores cantam a música "Alabama song", de Kut Weill. No vídeo percebe-se o efeito de distanciamento utilizado por Brecht.

                                 

fontes:



Lorrana Pereira nº 21



                                            Teatro Africano

A arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas.
É uma arte extremamente voltada ao espírito religioso, característica marcante dos povos africanos. Existem muitos preconceitos com relação à arte africana e à África em geral. A denominação genérica de africano engloba maior quantidade de raças e culturas do que a de europeu, já que no continente africano convivem dez mil línguas, distribuídas entre quatro famílias, que são as principais. Daí ser particularmente difícil encontrar os traços artísticos comuns, embora, a exemplo da Europa, se possa falar de um certo aspecto identificador que os diferencia dos povos de outros continentes.  fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado suas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente.
Existem duas tradições teatrais estabelecidas na África do Sul:
*Africana - Desenvolvida com o passar dos séculos;
*Européia - Introduzida na cultura da África há dois séculos e meio. Recentemente, uma nova tradição híbrida desenvolveu elementos contidos nas duas culturas antigas. O desenvolvimento das tradições contemporâneas tem sido influenciado pelas raízes européias. A nova tradição, no entanto, é ancorada na forma de desempenho da tradição africana, apresentando característica com interessantes variações urbanas e populares.
O teatro africano é muito dinâmico, interativo e baseado no dia-a-dia das pessoas,  comparado com o feito na Europa, que é mais clássico e se circunscreve essencialmente em levar para o palco histórias. Este dinamismo das cenas exibidas pelos grupos teatrais do país, deriva do quotidiano angolano, onde as pessoas, logo pela manhã, trabalham arduamente. 
Para interagir cada vez mais com este público alegre, apesar das vicissitudes do cotidiano, os teatristas introduzem sempre uma pitada de humor nas cenas, pelo fato de  o angolano por natureza gosta de rir. O humor contribui, tal como o teatro em si, para a formação das pessoas, logo a linguagem a utilizar para entreter o público deve ser a mais adequada possível, evitando assim o recurso a expressões que a sociedade reprova.
Apesar de o teatro ser algo que traz alegria aos africanos, sofre-se também um descontentamento pelo fato de o governo não “incentivar” a população nesse aspecto.Temos alguns comentários sobre esse assunto :manuel eduardo razao :o teatro africano esta se desvalorizando cada vez mais , temos tantos grupos de teatro mais não temos salas de teatro nos minicipios nas províncias. Quero que o nosso governo construa salas de teatro.”
STÉLVIO AGOSTINHO: “o africano é basicamente incompleto,o que se pretende aqui dizer é o ressalvamentos de Salas de encenação e de uma gama de atores ou fazedores dessa arte,a criarem mecanismos pra uma investigação do Teatro africano genuinamente Falando,Assim opino e Afirmo;”
A introdução do teatro  dá-se pelos missionários. No interesse de evangelizar o pagão africano e torná-lo filho de Deus, a igreja sempre se serviu de representações religiosas, realizadas em escolas espalhadas pelos missionários cristãos pelo país afora. A Igreja teve, portanto, um papel de relevo na introdução do teatro em Angola, e mantém, na atualidade, esse forte ascendente sob vários grupos teatrais: só em Luanda são mais de cem ligados a Igrejas, escolas ou empresas e, omnipresentes em África, a ong´s.
Um grupo teatral muito famoso em Angola, os Miragens, diz que sue objetivo é Trazer “dados científicos” ou “verdadeiros”, uma mensagem de redenção ou de bons costumes, para estes grupos o teatro tem obrigação de documentar e agir sobre a realidade. Há sempre propósitos sociais ou metafísicos a ele ligados. Ensinar “bons” comportamentos (prevenir o HIV, apelar ao estudo, condenar a violência doméstica), defender valores morais e familiares ou resolver questões existenciais, do teatro espera-se uma função especializada ou instrumentalização (política e outras) para chegar a algum fim.
Há uma proliferação de grupos que se apresentam quase diariamente, não lhes falta entusiasmo nem vontade de fazer teatro, em salas improvisadas e clubes de bairro. Numa fórmula que só vinga se arrancar da platéia muitas gargalhadas com cenas de pancadaria se a mulher não cozinhou o funge ou as trapalhices durante o Comba (óbito), ou as meninas de programa em troca de saldo para o tele móvel, as manobras do feitiço, com algumas críticas aos poderosos, acusação à delinqüência juvenil, violência doméstica, álcool, droga e outros problemas-hábitos sociais, insistindo nos mesmos temas, este tipo de enfoque é o dos grupos que compõem a maior parte do panorama. Sem meios técnicos nem formação, todos possuem um imenso voluntarismo e persistência no fazer teatro mas, na falta de referências, o desconhecimento da história universal do teatro, o fato de não terem estudado ou raramente poderem assistir a outro tipo de peças, os modelos ficam numa espiral que impossibilita-os de sair daquele imbróglio. As mesmas técnicas, personagens-tipo e fórmulas de sucesso repetem-se até à exaustão. Muitas vezes são os próprios que escrevem os seus textos dramáticos, vivem muito da improvisação ou auto-encenam-se, quase sem cenários e sem obedecer às convenções mínimas de tempo e espaço teatrais.




















Kelly Regina da Silva n° 18







TEATRO NA ÁSIA (ORIENTAL)

  O teatro oriental tem algumas características em comum que o distinguem nitidamente do teatro pós-renascentista ocidental. São obras de arte unificadas — uma realização da idéia do teatro total — semelhantes ao de Wagner, em que se misturam literaturas, dança, música e espetáculo.

   A formação dos atores dá ênfase à dança, à expressão, à agilidade corporal e às habilidades vocais mais que à interpretação psicológica. Os figurinos e maquiagem são muito importantes e quase uma arte em si. A estilização estende-se ao movimento e mesmo as ações da vida diária se transformam em uma dança ou gesto simbólico.

  Em termos de público, é um teatro de participação. As representações costumam ser demoradas e os espectadores se movimentam, comem, conversam e por vezes só se mostram atentos aos momentos que são de seu maior agrado. A solenidade do espectador ocidental lhes é totalmente estranha.

  O teatro oriental, tal como outros aspectos da cultura orientais, só viriam a ser conhecido no Ocidente em fins do século XIX. Exerceu certa influência sobre as concepções de interpretação, criação de roteiros e encenação de alguns simbolistas, como Strindberg, Artaud, Meyerhold, Reinhardt e outros.

  O teatro chinês começou a se desenvolver em princípios do século IV. Era muito literário e tinha convenções bastante rígidas. No entanto, a partir do século XIX, passou a ser dominado pela Ópera de Pequim. Nela se dá importância primordial à interpretação, ao canto, à dança e às acrobacias, mais que ao texto literário. Sob o governo comunista a temática se modificou, mas o estilo e a representação foram mantidos.

  O teatro indiano, em sânscrito, floresceu nos séculos IV e V. Baseava-se em histórias tiradas da épica hindu, como o Mahabharata e o Ramayana. O palco apresentava decoração trabalhosa, mas não se usavam técnicas de representação. O movimento de cada parte do corpo, a recitação e a canção eram rigidamente codificadas. As marionetes e o teatro dançado, sobretudo o kathakali, também foram grandemente apreciados em vários momentos da história da Índia.
  O teatro japonês é talvez o mais complexo do Oriente. Seus dois gêneros mais conhecidos são o teatro nô e o kabuki. Nô, o teatro clássico japonês, é estilizado, uma síntese de dança-música-teatro. Tem estreita relação com o budismo zen. Outros gêneros dramáticos são o bugaku, um sofisticado teatro dançado, e um teatro de bonecos ou marionetes, chamado bunraku. O teatro asiático evoluiu independentemente do teatro europeu. Somente no século XIX os autores ocidentais tomaram conhecimento do teatro oriental e começaram a inspirar-se em sua herança extremamente rica. 


   




Fontes:




RODRIGO Nº 32.


        TEATRO NA OCEANIA


O continente australiano é composto por vários grupos de ilhas do oceano
Pacífico além de compreender os países da Austrália, nova Guiné e nova
Zelândia.
A origem do teatro em todo mundo começou com as primeiras sociedades
Primitivas, em que acreditavam no uso das danças imitativas como
Iniciadores de poderes sobrenaturais que controlavam todos os fatos
Necessários á sobrevivência, ou seja, naquele tempo o teatro possuía
Um caráter ritualístico. Como o tempo o teatro passou a dar lugar
As representações diferentes uma delas foi a LENDA e na Oceania não
Não foi diferente esse desenvolvimento dessa arte começou dos povos
Primitivos, ou seja, dos índios.
Atualmente o teatro na Oceania é fortemente marcado por peças
Musicais históricos, o, teatro visa muita dança e orquestras e em
Todo, estado eles se dedicam ao teatro, ou seja, a arte, pois existem
Vários teatros espalhados pelo continente australiano.
Austrália e Oceania o antigo teatro foi restaurado no século 19
E hoje é sede do festival de ópera no verão, o Chorégies de 1830 até
Os dias atuais a arena tem sido usada para hospedar as touradas da
Idade média ao século 18. No entanto, o primeiro verdadeiro teatro
O GRAND THEATRE ou SALLE BAUVEAU foi construído em
1787 em novembro de 1919 um incêndio destruiu o teatro do século
XVIII deixando apenas escudos.
A Oceania posteriormente compartilhava o destino da república de
Veneza até 1796 foi demolida para dar lugar a uma extensão do
Teatro a coleção de arte gráfica iniciada no século XVIII pelo cardeal
Xilografia e litografia a partir do século XV até os dias atuais.

EDUARDO SANDES Nº07








3 comentários:

  1. Turma do teatro, passei apenas para computar as postagens. Digo-lhes que gostei muito. Em breve, farei os comentários por aluno. Até lá!

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  2. Pessoal, eis os comentários por aluno:
    Ingrid - seu texto ainda está muitíssimo preso ao material pesquisado. Reveja a grafia de PLATEIA e ROMANCE EXPERIMENTAL. O melhor seria escrever: ESTÃO INSERIDAS NO QUE É CHAMADO...// RUMO À INTERAÇÃO...// SÃO PERTINENTES À SOCIEDADE// EXISTEM TAIS PROBLEMAS// UMA SÉRIE DE MECANISMOS. Retire a aparte que vai de A UTILIZAÇÃO até SÉCULO XX.
    Ingrid - seu texto também ficou preso à pesquisa, além de trazer informações elementares. Reveja a grafia de PAÍSES. O melhor seria escrever: DIALOGUE COM O PÚBLICO.
    Kelly - texto muito preso ao material consultado. Reveja a garafia de EUROPEIA, HÍBRIDA e PLATEIA. Reestruture: VOLTADA PARA O ESPÍRITO RELIGIOSO.
    Rodrigo - você não procurou alterar nada do material pesquisado.

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  3. O primeiro comentário que se lê Ingrid, lê-se Lorrana.

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